Três pipis sadios - Parte 2 Erick

Manhã de 08/02/2008, seis horas da manhã, Erick em jejum por motivo da cirurgia que se aproximava, a tal postectomia. Mãe e Pai a postos, plano traçado, Vó acionada para ficar com Mateus de 8 meses e Vô acionado para levar o David, 12 anos, à escola.
Chegamos ao Hospital 30 minutos antes do horário marcado, a Mãe é muito rigorosa nesses detalhes. O Hospital da criança é o único em São Paulo a ter um procedimento que eu considero iluminado, mas falo disso mais adiante. Fomos chamados, chegamos a um grande salão onde há, em forma de "U", várias baias com cama, televisão, vidros nas divisórias com decoração de motivos marítimos. Um salão muito agradável, os profissionais transmitem muita segurança, além de serem muito gentis e preocupados com os mínimos detalhes. Sabem que os Pais estão bem tensos, afinal de contas, uma anestesia que "apaga" a criança, sempre é risco, por menor que seja.
Trocamos a roupa do Erick, colocamos um pijaminha muito simpático do hospital com motivos bem alegres. Ele, já desconfiado, querendo o "tetê" (mamadeira) e nós utilizando todas nossas artimanhas de Pais para distraí-lo.
Chegou a hora, os enfermeiros vem e me dão calça, camisa, cobertura para o sapato, touca para o cabelo e para a boca. Pois é, essa é a iluminação. Esse hospital permite que o Pai vá com a criança até o momento de ser sedado. A experiência de ouvir os gritos do David quando ele fez a mesma cirurgia há 11 anos atrás foi muito negativa para nós e para ele também.
Toda criança que tenha 2 anos e 8 meses, como o Erick, já fez alguma vez, uma inalação e esse é o recurso na hora de entregar o menino na sala de cirurgia. Eu disse: "Vamos fazer um pouquinho de inalação, é legal" Nessa inalação, ele recebe a primeira sedação, perde os sentidos em no máximo, 5 segundos, o Pai sai da sala e pronto! Suspiro de alívio e volto a aguardar na sala.
Se passam 20 minutos ele volta com um sorinho conectado, dormindo relaxado como poucas vezes eu vi. Aguardamos 20 minutos e o enfermeiro veio até nós dizendo que já podíamos acordá-lo. Ele ficou bravo e não queria acordar, o soninho devia estar bom, mas ele estava confuso também. Imagino que alguma dorzinha ou mal estar deviam estar acontecendo, mas ele não sabia de onde vinha. Esperamos um pouco mais.
Enfim, ele acordou, tomou o tetê tão esperado, o médico veio, fez todas as recomendações e prescrições caso ocorressem problemas. Nesse momento também, o médico, que aliás recomendamos, o Dr Onofre, é um defensor de que essa cirurgia, a exemplo de muitas culturas, é feita bem cêdo. Ele nos disse para observar o tempo de recuperação do Erick e dizer para nossos amigos Pais quão bom, é fazer essa cirurgia o mais precocemente possível.
Fomos para casa e recomendamos com aquela seriedade solene de Pais: "Não pode pular, não pode correr, cuidado!! O médico operou o seu pipi, toma cuidado senão vai ficar "dodói"."
Da recuperação do Erick, falo na próxima parte, quando falar da vez do Mateus de 8 meses. Até lá.
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